Man Up Young Leaders Summit - Dia 04 (06 de Julho de 2010)
sexta-feira, 23 de julho de 2010
07:18
Postado por
Italo Ribeiro ;)
Ainda movido pela maravilhosa noite anterior, acordei super bem humorado e ancioso para o início das atividades. Eu estava muito feliz pois Leymah estaria conosco novamente no dia de hoje, além de muitas outras pessoas importantes.
O café da manhã foi bem rápido pois acordei um pouco tarde nesse dia. Fui diretamente para o Centro Estudantil onde estavam todos esperando pela primeira palestra começar. Para a minha surpresa, a primeira palestrante era nada mais nada menos que a diretora geral da UNIFEM na África do Sul Ms. Nomcebo Manzini. Nossa, uma representante da ONU estava na minha frente.
A palestra dela foi maravilhosa. Ela foi bem realista quando falou dos problemas que as mulheres enfrentam na África do Sul e como a ONU tem agido para remediá-los. Além disso, falou sobre todas as atividades da UNIFEM e como conseguir o suporte dela para projetos novos. Foi ótimo saber disso, pois tentarei contato com a UNIFEM para o desenvolvimento do meu projeto no Brasil. O Summit estava me surpreendendo mais e mais!
A sessão que seguiu essa palestra foi muito importante em geral, no entanto eu não gostei muito da forma como ela foi ministrada. O tema era: Usando Monitoração e Avaliação para Aprimorar Programas de Abordagem da Violência Contra a Mulher. Os slides estavam relativamente cheios de conteúdo. Mesmo assim a sessão foi mais baseada na tiragem de dúvidas ao invés de nos informar primeiramente. No entanto, com as dúvidas foi possível aprender muito e também esclarecer algumas dificuldades que eu estava enfrentando e que enfrentaria futuramente se não tivesse conhecimento de todos aqueles processos. As palestrantes Jenny Karp and Susanna Nemes, do Social Solutions International, disponibilizaram um material impresso maravilhoso que esboçava passo a passo como avaliar um programa com sucesso. Além de toda a teoricidade da palestra, participamos de um jogo de VERDADEIRO ou FALSO, o qual foi muito engraçado. As perguntas eram relacionadas à violência contra a mulher e métodos de avaliação de programas. Após a nossa decisão sobre cada pergunta, algumas pessoas eram perguntadas pela razão da mesma. Muito interessante!
E então veio o momento mais esperado por mim... A oportunidade de ouvir Leymah Gbowee novamente! Repetindo o episódio anterior, ela me deixou novamente sem palavras com seu discurso. Ao contar diversos fatos ocorridos na sua vida de ativista ela provou para todos nós que não importa quem você é, o que as pessoas pensam de você, o que você sabe, mas o que você vai fazer... Isso é importante! A teoria é ótima e ajuda bastante, mas sem prática ela é absolutamente descartável. Com base nisso entendemos através da fala de Leymah o verdadeiro significado de ser uma Man Up ou de ter um Man Up. Man Up é a oportunidade de transformar teoria em prática sem perder sua essência. Para exemplificar isso, Leymah contou um fato que ocorreu com ela:
Uma vez estava em Washington DC., USA, durante um jantar com mulheres chefes de estado e governo. Ela disse que pegou-se destraída por um momento quando visualizou os filhos de algumas mulheres brancas maltratando as filhas de algumas mulheres negras. Ela assistiu atentamente enquanto a sua indignação crescia mais e mais. Então como gota d’água, ela ouviu o menino dizer: Você não é nada garota, você é negra! A garota ficou muito triste enquanto a sua amiga zombava dela ao invés de protegê-la. Naquele momento Leymah pediu com licença, levantou-se da mesa do jantar e foi de encontro a aquelas meninas. Primeiramente ela confortou a garota. Segundo , ela confrontou a amiga da garota que dizia-se melhor amiga mas no momento difícil preferiu gargalhar ao invés de ajudar a amiga. Terceiro, ela foi de encontro aos garotos que estavam no andar de cima do prédio onde estava, falou sermãos maravilhosos e os deixou com semblante de choro. Após isso percebeu que as garotas vieram brincar com os meninos novamente e ficou indignada também. Falou para elas se darem ao respeito e identificar que o que aquele menino fez alí poderia não ser encarado como algo esquecível no futuro. Após isso, voltou a mesa de jantar. Lá, as suas amigas estavam espantadas com o que ela fez e pediram uma explicação. Então ela disse: Queridas, não importa quem eu sou. Eu posso estar aqui com chefes de governo falando sobre política e economia internacional, mas quando o dever me chama o meu Man Up aciona e eu Man Up (Stand Up) automaticamente sem medo de reprovações. Aquela garota precisava saber que aquilo não poderia continuar acontecendo e aqueles garotos precisavam ouvir umas verdades. Ao fechar a boca, foi aplaudida.
Lembro que ela contou que só existem 2 fatos na sua vida que fizeram-lhe se arrepender. Certa vez ela disse que estava de visita a um vilarejo muito pobre em Moçambique e encontrou uma garota que morava na rua, tinha perdido os seus pais, não tinha casa, não tinha roupas, há mais de 1 mês não tomava banho e era constantemente agredida pelas pessoas que tinham preconceito. Leymah, durante sua estadia naquele lugar, deu tudo o que aquela garota não tinha. Mas o dia de deixar o vilarejo chegou, e no momento em que saiu com suas malas a garota agarrou-a com toda a sua força e no choro mais profundo pediu para que ela não a deixasse. Ela implorava com um choro ardente. Mas Leymah simplesmente disse: Eu não posso fazer mais nada. E depois disso saiu. Leymah lamentou esse fato muito emocionada e disse que até hoje pensa naquele rostinho frequentemente e nunca mais ouviu falar daquela garota. Mas sabe que aquele vilarejo foi alvo de um grande conflito armado algumas semanas após a sua saída do mesmo.
O outro episódio também foi parecido. Ela ajudou um garoto e apegou-se muito a ele. Mas Leymah já tinha 5 filhos e não tinha condições de criar mais um. O dia de “deixar” também chegou e assim ela fez. Novamente ela falou que pensa naquele garoto constantemente e que nunca mais ouviu falar nele.
Foram esses dois fatos que fizeram com que Leymah adquirisse o seu Man Up e hoje ser a pessoa que defende crianças como aquelas quem rejeitou. Eu estava muito emocionado. Assim como todos os outros.
Ao perceber nossos rostos tristes Leymah decidiu contar um episódio atual da sua vida. Após ter vencido a ditadura do seu país, ela contou que a apresentadora de TV americana Oprah a convidou para passar o fim de semana na sua casa. No entanto, ela tinha uma reunião marcada com algumas garotas de sua comunidade na Libéria. Leymah disse que sua filha, ao receber a notícia sobre o convite, disse:
WHAT? Oprah? OOOOH MY GOD! Oprah! Mom, those girls will always be there! But Oprah? OH MY GOD!
Leymah disse que também uniu-se ao choro de sua filha dizendo: YES BABY! OH MY GOD! That’s OPRAH! Mas eu tenho um encontro marcado com aquelas garotas e não posso desapontá-las.
Essa era outra lição ensinada por Leymah: Você pode estar em qualquer lugar, ou talvez no topo da montanha, mas nunca esqueça do seu primeiro impulso, pois foi ele quem garantiu sustentação para você alcançar o topo. Ela disse claramente para todos nós: Nunca esqueçam as suas raízes! Pois elas são as suas essências. Ao calar-se, uma onde de aplausos iniciou-se espontaneamente e assim Leymah terminou sua palestra.
Eu realmente espero que possa encontrar com aquela mulher novamente em algum tempo ou algum dia da minha vida...
Dando continuidade à programação do Summit, nós participamos de mais uma sessão muito importante: Segurança e Responsabilidade em Publicar a Questão da Violência contra a Mulher, Ida Jooste e Andre Smith, Internews Network. Esta sessão foi muito cômica. Aprendemos como analizar textos jornalísticos e suas mensagens impactantes sobre o assunto. Analizamos desde as fotografias, formatação e conteúdo dos textos. Após isso, participamos da elaboração de uma matéria de jornal em grupo. Os palestrantes seriam os jornalistas e nós teríamos que convencê-los de que eles deveriam trabalhar na nossa matéria. Como jornalistas profissionais, assim eles agiram. O plano da minha equipe foi o seguinte...
Nós tinhamos uma organização que criou um número de telefone público para receber pedidos de socorro ou alertas sobre violência. Certo dia, uma criança liga para a organização relatando tudo o que estava acontecendo. A funcionário, a principio, acreditou que era um trote mas preferiu dar credito àquela ligação, solicitando que uma viatura da polícia fosse até o local. O fato era verdadeiro! A funcionária ficou famosa por ter ajudado a criança e a salvar a sua mãe da violência que sofria. Então, o jornalista gostaria de fazer uma entrevista com a funcionária no período de trabalho dela através do telefone. Nós teríamos que articular uma entrevista bem sucedida.
O nosso trabalho não foi o ganhador da matéria no final da sessão, mas foi o único que fez com que os jornalistas decidissem que aprofundariam-se nas atividades da organização e que marcariam um encontro com a funcionária para maiores detalhes sobre as suas especificidades. Ressaltaram que: Isso raramente acontece.
Logo após essa sessão, tivemos mais tempo para trabalhar nos planos de ação. Fomos introduzidos ao plano de estratégias e uma dinâmica interessante. Fomos divididos em 5 grupos. A palestrante nos deu 4 figuras de ‘A’ com as seguintes palavras: Awareness, Action, Advocacy and Activism (Conscientização, Ação, Defesa e Ativismo). Teríamos que arrumar um método de equilibrar as figuras de forma que a figura com a frase: Man Up Stop Violence Against Women. No entanto, os membros de cada time tinham limitações. Alguns não podiam falar, outros não podiam tocar nas peças, outros podiam tocar apenas com o braço esquerdo, outros apenas com o direito e outros não tinham limitações. Em 1:30 segundos...
Depois disso, voltamos para o trabalho. Will e eu agora tinhamos que identificar as fraquezas e forças do nosso projeto, estratégias e táticas a serem tomadas e as nossas metas. Como o conteúdo era bastante grande, decidimos continuar a nossa discussão após o jantar.
Após essa sessão, fomos ao jantar que aconteceu no edifício Benjemin na própria universidade de Joanesburgo. Provamos do sanduíche do restaurante Português mais famoso da África do Sul e Portugal: O Nando’s. O sanduíche era muito apimentado, mas gostoso mesmo assim. Tivemos o prazer de ouvir uma cantora africana fazer sua performance para todos durante o jantar. Foi muito agradável.
Will e eu discutimos bastante sobre o nosso projeto após o jantar. Estávamos cheios de surpresas!
O café da manhã foi bem rápido pois acordei um pouco tarde nesse dia. Fui diretamente para o Centro Estudantil onde estavam todos esperando pela primeira palestra começar. Para a minha surpresa, a primeira palestrante era nada mais nada menos que a diretora geral da UNIFEM na África do Sul Ms. Nomcebo Manzini. Nossa, uma representante da ONU estava na minha frente.
A palestra dela foi maravilhosa. Ela foi bem realista quando falou dos problemas que as mulheres enfrentam na África do Sul e como a ONU tem agido para remediá-los. Além disso, falou sobre todas as atividades da UNIFEM e como conseguir o suporte dela para projetos novos. Foi ótimo saber disso, pois tentarei contato com a UNIFEM para o desenvolvimento do meu projeto no Brasil. O Summit estava me surpreendendo mais e mais!
As 2 delegações brasileiras com Ms. Nomcebo Manzini, diretora da UNIFEM
A sessão que seguiu essa palestra foi muito importante em geral, no entanto eu não gostei muito da forma como ela foi ministrada. O tema era: Usando Monitoração e Avaliação para Aprimorar Programas de Abordagem da Violência Contra a Mulher. Os slides estavam relativamente cheios de conteúdo. Mesmo assim a sessão foi mais baseada na tiragem de dúvidas ao invés de nos informar primeiramente. No entanto, com as dúvidas foi possível aprender muito e também esclarecer algumas dificuldades que eu estava enfrentando e que enfrentaria futuramente se não tivesse conhecimento de todos aqueles processos. As palestrantes Jenny Karp and Susanna Nemes, do Social Solutions International, disponibilizaram um material impresso maravilhoso que esboçava passo a passo como avaliar um programa com sucesso. Além de toda a teoricidade da palestra, participamos de um jogo de VERDADEIRO ou FALSO, o qual foi muito engraçado. As perguntas eram relacionadas à violência contra a mulher e métodos de avaliação de programas. Após a nossa decisão sobre cada pergunta, algumas pessoas eram perguntadas pela razão da mesma. Muito interessante!
Delegados participando do jogo VERDADEIRO ou FALSO da sessão sobre avaliação e monitoramento de projetos relacionados a violência contra a mulher.
E então veio o momento mais esperado por mim... A oportunidade de ouvir Leymah Gbowee novamente! Repetindo o episódio anterior, ela me deixou novamente sem palavras com seu discurso. Ao contar diversos fatos ocorridos na sua vida de ativista ela provou para todos nós que não importa quem você é, o que as pessoas pensam de você, o que você sabe, mas o que você vai fazer... Isso é importante! A teoria é ótima e ajuda bastante, mas sem prática ela é absolutamente descartável. Com base nisso entendemos através da fala de Leymah o verdadeiro significado de ser uma Man Up ou de ter um Man Up. Man Up é a oportunidade de transformar teoria em prática sem perder sua essência. Para exemplificar isso, Leymah contou um fato que ocorreu com ela:
Uma vez estava em Washington DC., USA, durante um jantar com mulheres chefes de estado e governo. Ela disse que pegou-se destraída por um momento quando visualizou os filhos de algumas mulheres brancas maltratando as filhas de algumas mulheres negras. Ela assistiu atentamente enquanto a sua indignação crescia mais e mais. Então como gota d’água, ela ouviu o menino dizer: Você não é nada garota, você é negra! A garota ficou muito triste enquanto a sua amiga zombava dela ao invés de protegê-la. Naquele momento Leymah pediu com licença, levantou-se da mesa do jantar e foi de encontro a aquelas meninas. Primeiramente ela confortou a garota. Segundo , ela confrontou a amiga da garota que dizia-se melhor amiga mas no momento difícil preferiu gargalhar ao invés de ajudar a amiga. Terceiro, ela foi de encontro aos garotos que estavam no andar de cima do prédio onde estava, falou sermãos maravilhosos e os deixou com semblante de choro. Após isso percebeu que as garotas vieram brincar com os meninos novamente e ficou indignada também. Falou para elas se darem ao respeito e identificar que o que aquele menino fez alí poderia não ser encarado como algo esquecível no futuro. Após isso, voltou a mesa de jantar. Lá, as suas amigas estavam espantadas com o que ela fez e pediram uma explicação. Então ela disse: Queridas, não importa quem eu sou. Eu posso estar aqui com chefes de governo falando sobre política e economia internacional, mas quando o dever me chama o meu Man Up aciona e eu Man Up (Stand Up) automaticamente sem medo de reprovações. Aquela garota precisava saber que aquilo não poderia continuar acontecendo e aqueles garotos precisavam ouvir umas verdades. Ao fechar a boca, foi aplaudida.
Lembro que ela contou que só existem 2 fatos na sua vida que fizeram-lhe se arrepender. Certa vez ela disse que estava de visita a um vilarejo muito pobre em Moçambique e encontrou uma garota que morava na rua, tinha perdido os seus pais, não tinha casa, não tinha roupas, há mais de 1 mês não tomava banho e era constantemente agredida pelas pessoas que tinham preconceito. Leymah, durante sua estadia naquele lugar, deu tudo o que aquela garota não tinha. Mas o dia de deixar o vilarejo chegou, e no momento em que saiu com suas malas a garota agarrou-a com toda a sua força e no choro mais profundo pediu para que ela não a deixasse. Ela implorava com um choro ardente. Mas Leymah simplesmente disse: Eu não posso fazer mais nada. E depois disso saiu. Leymah lamentou esse fato muito emocionada e disse que até hoje pensa naquele rostinho frequentemente e nunca mais ouviu falar daquela garota. Mas sabe que aquele vilarejo foi alvo de um grande conflito armado algumas semanas após a sua saída do mesmo.
O outro episódio também foi parecido. Ela ajudou um garoto e apegou-se muito a ele. Mas Leymah já tinha 5 filhos e não tinha condições de criar mais um. O dia de “deixar” também chegou e assim ela fez. Novamente ela falou que pensa naquele garoto constantemente e que nunca mais ouviu falar nele.
Foram esses dois fatos que fizeram com que Leymah adquirisse o seu Man Up e hoje ser a pessoa que defende crianças como aquelas quem rejeitou. Eu estava muito emocionado. Assim como todos os outros.
Ao perceber nossos rostos tristes Leymah decidiu contar um episódio atual da sua vida. Após ter vencido a ditadura do seu país, ela contou que a apresentadora de TV americana Oprah a convidou para passar o fim de semana na sua casa. No entanto, ela tinha uma reunião marcada com algumas garotas de sua comunidade na Libéria. Leymah disse que sua filha, ao receber a notícia sobre o convite, disse:
WHAT? Oprah? OOOOH MY GOD! Oprah! Mom, those girls will always be there! But Oprah? OH MY GOD!
Leymah disse que também uniu-se ao choro de sua filha dizendo: YES BABY! OH MY GOD! That’s OPRAH! Mas eu tenho um encontro marcado com aquelas garotas e não posso desapontá-las.
Essa era outra lição ensinada por Leymah: Você pode estar em qualquer lugar, ou talvez no topo da montanha, mas nunca esqueça do seu primeiro impulso, pois foi ele quem garantiu sustentação para você alcançar o topo. Ela disse claramente para todos nós: Nunca esqueçam as suas raízes! Pois elas são as suas essências. Ao calar-se, uma onde de aplausos iniciou-se espontaneamente e assim Leymah terminou sua palestra.
Leymah Gbowee em seu discurso final
Eu realmente espero que possa encontrar com aquela mulher novamente em algum tempo ou algum dia da minha vida...
Dando continuidade à programação do Summit, nós participamos de mais uma sessão muito importante: Segurança e Responsabilidade em Publicar a Questão da Violência contra a Mulher, Ida Jooste e Andre Smith, Internews Network. Esta sessão foi muito cômica. Aprendemos como analizar textos jornalísticos e suas mensagens impactantes sobre o assunto. Analizamos desde as fotografias, formatação e conteúdo dos textos. Após isso, participamos da elaboração de uma matéria de jornal em grupo. Os palestrantes seriam os jornalistas e nós teríamos que convencê-los de que eles deveriam trabalhar na nossa matéria. Como jornalistas profissionais, assim eles agiram. O plano da minha equipe foi o seguinte...
Nós tinhamos uma organização que criou um número de telefone público para receber pedidos de socorro ou alertas sobre violência. Certo dia, uma criança liga para a organização relatando tudo o que estava acontecendo. A funcionário, a principio, acreditou que era um trote mas preferiu dar credito àquela ligação, solicitando que uma viatura da polícia fosse até o local. O fato era verdadeiro! A funcionária ficou famosa por ter ajudado a criança e a salvar a sua mãe da violência que sofria. Então, o jornalista gostaria de fazer uma entrevista com a funcionária no período de trabalho dela através do telefone. Nós teríamos que articular uma entrevista bem sucedida.
O nosso trabalho não foi o ganhador da matéria no final da sessão, mas foi o único que fez com que os jornalistas decidissem que aprofundariam-se nas atividades da organização e que marcariam um encontro com a funcionária para maiores detalhes sobre as suas especificidades. Ressaltaram que: Isso raramente acontece.
Logo após essa sessão, tivemos mais tempo para trabalhar nos planos de ação. Fomos introduzidos ao plano de estratégias e uma dinâmica interessante. Fomos divididos em 5 grupos. A palestrante nos deu 4 figuras de ‘A’ com as seguintes palavras: Awareness, Action, Advocacy and Activism (Conscientização, Ação, Defesa e Ativismo). Teríamos que arrumar um método de equilibrar as figuras de forma que a figura com a frase: Man Up Stop Violence Against Women. No entanto, os membros de cada time tinham limitações. Alguns não podiam falar, outros não podiam tocar nas peças, outros podiam tocar apenas com o braço esquerdo, outros apenas com o direito e outros não tinham limitações. Em 1:30 segundos...
Nós Conseguimos!
Depois disso, voltamos para o trabalho. Will e eu agora tinhamos que identificar as fraquezas e forças do nosso projeto, estratégias e táticas a serem tomadas e as nossas metas. Como o conteúdo era bastante grande, decidimos continuar a nossa discussão após o jantar.
Delegação Brasileira e Sandra Sirota, Palestrante dos Planejamentos de Ação
Após essa sessão, fomos ao jantar que aconteceu no edifício Benjemin na própria universidade de Joanesburgo. Provamos do sanduíche do restaurante Português mais famoso da África do Sul e Portugal: O Nando’s. O sanduíche era muito apimentado, mas gostoso mesmo assim. Tivemos o prazer de ouvir uma cantora africana fazer sua performance para todos durante o jantar. Foi muito agradável.
Will e eu discutimos bastante sobre o nosso projeto após o jantar. Estávamos cheios de surpresas!
Fiquem ligados para saber quais surpresas eram aquelas!
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