Man Up Young Leaders Summit - Dia 6 (8 de Julho de 2010)
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
05:01
Postado por
Italo Ribeiro ;)
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Este dia foi maravilhoso! Tivemos as mais interativas e divertidas sessões e atividades de todo o Summit. Era uma pena que eu já conseguia sentir que o evento estava acabando. Mal poderia acreditar! Estava tudo tão perfeito que eu jamais queria que acabasse. Porém, para o meu alívio, aquele era só o final da minha primeira semana na África do Sul. Eu havia organizado passar mais uma semana na Cidade do Cabo com o meu amigo Will. Mas isso é assunto para depois.
O nosso plano de ação estava quase pronto. Só precisávamos finalizá-lo e discutir como o apresentariamos para o resto do grupo. No entanto, o dia 8 havia sido reservado apenas para o amadurecimento de ideias com relação a artes e esporte para mudanças sociais.
Iniciamos o dia super-felizes pois aquele era o dia em que bateríamos fotos paraa divulgação do evento. O nosso quarto estava uma zona de bagunça!
Nesta manhã, eu fui convidado para dar uma entrevista no rádio como representante da Man UP. Além disso, fomos requeridos a escrever diversos "feedbacks" sobre o evento, de forma que pudéssemos causar um maior impacto no público externo da Man UP Campaign.
As nossas primeiras sessões foram maravilhosas, criativas e super-personalizadas. Eu nunca pensei que podería aprender a usar a fotografia, o futebol e o grafite - coisas tão simples e acessíveis - para promover uma mudança social incomparável.
Entre as sessões oferecidas no primeiro "round", tivemos:
1 - Integrando Lições de Mudança Social em Programação de Espoertes (Meghan Mahoney e Dave Czesniuk, Sports in Society);
2 - Usando esportes para engajar a juventude e agentes de mudanças (Victor Ochen, African Youth Initiative Uganda)
3 - Uma arena de box: Como estabelecer um papel-fundamental com autores de mudanças (Neil Weitson, The Violence Initiative);
4 - Esportes como uma ferramenta para envolvimento político masculino para combater a violência contra a mulher (Daniel Lima, The Brazilian Network of Men for Gender Equity);
5 - Usando "freestyle" e improvisação para lutar a violência contra a mulher (Toni Blackman);
6 - Fotografia como uma ferramenta de cura (Sue Jaye Johnson, Journalist and Adj. Professor, Columbia University);
7 - Teatro participatório (Petna and Sekombi Katondolo, Yole! Africa);
8 - Produção Visual e Disseminação de Ativismo Social (Victor Ombonya, Film Aid);
9 - Grafite - Uma ferramenta para comunicar sobre violência doméstica (Panmela Castro and Anouk Piket, Caramundo).
Ficamos na sessão 6! Foi maravilhoso! Aprendemos a usar a fotografia como uma ferramenta para mudar as relações sociais e como forma de expressão. De acordo com a professora Sue, há vários projetos nos Estados Unidos nos quais a única atividade empreendida é a fotografia como forma de expressão, desabafo e reestabelecimento da auto-estima das mulheres, garotas e outros jovens vítimas da violência contra a mulher. Além de um simples clique, fotografar significa se relacionar com o meio ambiente e com as pessoas; é tentar encontrar o melhor ângulo para expressar o que você sente; é reconheçer o seu semblante e como você precisa mudá-lo para mudar a sua vida.
Tivemos câmeras fotográficas emprestadas e fomos divididos em duplas para fotografar todos os outros participantes, e tirar fotos criativas a serem usadas pela organização do evento em um projeto no qual trabalhavam. À princípio, eu pensei que as fotos deveriam mostrar alguma característica nossa relacionada à personalidade ou ativismo. Logo depois, descobri que tinhamos apenas que fotografar, sem organizar ou planejar nada. Apenas fotografar! E assim fizemos:
O nosso plano de ação estava quase pronto. Só precisávamos finalizá-lo e discutir como o apresentariamos para o resto do grupo. No entanto, o dia 8 havia sido reservado apenas para o amadurecimento de ideias com relação a artes e esporte para mudanças sociais.
Iniciamos o dia super-felizes pois aquele era o dia em que bateríamos fotos paraa divulgação do evento. O nosso quarto estava uma zona de bagunça!
Não tínhamos tempo para nos organizar; rapazes super-ocupados!
Nesta manhã, eu fui convidado para dar uma entrevista no rádio como representante da Man UP. Além disso, fomos requeridos a escrever diversos "feedbacks" sobre o evento, de forma que pudéssemos causar um maior impacto no público externo da Man UP Campaign.
As nossas primeiras sessões foram maravilhosas, criativas e super-personalizadas. Eu nunca pensei que podería aprender a usar a fotografia, o futebol e o grafite - coisas tão simples e acessíveis - para promover uma mudança social incomparável.
Entre as sessões oferecidas no primeiro "round", tivemos:
1 - Integrando Lições de Mudança Social em Programação de Espoertes (Meghan Mahoney e Dave Czesniuk, Sports in Society);
2 - Usando esportes para engajar a juventude e agentes de mudanças (Victor Ochen, African Youth Initiative Uganda)
3 - Uma arena de box: Como estabelecer um papel-fundamental com autores de mudanças (Neil Weitson, The Violence Initiative);
4 - Esportes como uma ferramenta para envolvimento político masculino para combater a violência contra a mulher (Daniel Lima, The Brazilian Network of Men for Gender Equity);
5 - Usando "freestyle" e improvisação para lutar a violência contra a mulher (Toni Blackman);
6 - Fotografia como uma ferramenta de cura (Sue Jaye Johnson, Journalist and Adj. Professor, Columbia University);
7 - Teatro participatório (Petna and Sekombi Katondolo, Yole! Africa);
8 - Produção Visual e Disseminação de Ativismo Social (Victor Ombonya, Film Aid);
9 - Grafite - Uma ferramenta para comunicar sobre violência doméstica (Panmela Castro and Anouk Piket, Caramundo).
Ficamos na sessão 6! Foi maravilhoso! Aprendemos a usar a fotografia como uma ferramenta para mudar as relações sociais e como forma de expressão. De acordo com a professora Sue, há vários projetos nos Estados Unidos nos quais a única atividade empreendida é a fotografia como forma de expressão, desabafo e reestabelecimento da auto-estima das mulheres, garotas e outros jovens vítimas da violência contra a mulher. Além de um simples clique, fotografar significa se relacionar com o meio ambiente e com as pessoas; é tentar encontrar o melhor ângulo para expressar o que você sente; é reconheçer o seu semblante e como você precisa mudá-lo para mudar a sua vida.
Tivemos câmeras fotográficas emprestadas e fomos divididos em duplas para fotografar todos os outros participantes, e tirar fotos criativas a serem usadas pela organização do evento em um projeto no qual trabalhavam. À princípio, eu pensei que as fotos deveriam mostrar alguma característica nossa relacionada à personalidade ou ativismo. Logo depois, descobri que tinhamos apenas que fotografar, sem organizar ou planejar nada. Apenas fotografar! E assim fizemos:
Foi muito legal poder conhecer ainda mais os outros delegados.
Infelizmente, devido ao atrazo que tivemos nas sessões matutinas, a MAn UP teve que cancelar uma das palestras mais interessantes e uma discussão para qual eu havia sido convidado: Trabalhando com homens e garotos!
Almoçamos e logo embarcamos em mais uma sessão de atividades:
1 - A abordagem MPV e Bystander: Ensinando atletas a agir (Meghan Mahoney and Dave Czesniuk, Sports in Society);
2 - Documentanto uma comunidade com fotografias e palavras (Sue Jaye Johnson, Journalist and Adj. Professor, Columbia University);
3 - Documentário ativista (Petna and Sekombi Katondolo, Yole! Africa);
4 - A canção da liberdade: O poder da palavra escrita e falada (Sara Marie Ortiz, MFA and Indigenous People Advocate);
5 - Mais do que um simples jogo: Resolvendo conflitos através do futebol (Jon McCullough, United States Soccer Federation).
Eu não gostei muito da sessão na qual participei, a número 4. Perdemos muito tempo com demonstrações e pouco aprendizado foi estimulado. Não tivemos muitas oportunidades de discussão e tive a impressão de que eu não poderia aplicar aquilo no meu plano de ação. Ainda assim, procurei extrair o melhor possível do momento.
Logo a tarde, tivemos uma palestra super-interessante e mais geral sobre o tema: Esportes, jogos e artes como ferramenta de mudança social. Eu estava achando tudo muito proveitoso e logo quis incluir isso no meu plano para a "React & Change". O Summit estava sendo muito valioso e certamente eu aproveitaria todo aquele conhecimento em um projeto a ser desenvolvido pela minha delegação.
No mesmo dia, eu recebi um convite do British Council para agir como facilitador brasileiro no Latin America & Caribbean Youth Summit (Encontro de Empreendedores Sociais Juvenis da América Latina), onde eu lideraria várias delegações de participantes, palestras e ajudaria na organização do mesmo, através de logística e composição de programação. Fiquei bastante feliz, uma vez que eu já poderia aplicar o meu conhecimento adquirido no Man Up Summit para advogar pela Igualdade de Gênero em mais uma oportunidade e transmitir o meu ativismo para outros jovens que estavam iniciando as suas trajetórias como Global Changemakers. Eu mal podia esperar :D
Bom, o dia 8 estava acabando. Jantamos e logo fomos direcionados para um cinema local onde assistimos a um documentários ultra-maravilhoso sobre a Escravidão Moderna, com uma documentarista americana e seus registros sobre o tema na Índia, Colômbia e França. De acordo como documentário, as atuais situações de escravidão registradas pela comunidade de Direitos Humanos Internacional são: o trabalho escravo original propriamente dito, com baixas condições de vida digna, higiene, altas horas de trabalho e tortura; a prostituição infantil e o abuso infantil em trabalhos domésticos, a partir de promessas de melhoramento de vida em países desenvolvidos e o tráfico de drogas imposto na Colômbia.
O documentário contava com depoimentos e imagens de pessoas que já foram expostas a tais tipos de trabalhos. Na Índia, a documentarista mostra a história de uma comunidade muito pobre de pessoas que trabalhavam na fabricação de tijolos de areia. Estas pessoas eram obrigadas a trabalhar por 15 horas diárias, na posição "acocorada", em uma temperatura de mais de 30º C. Além disso, o trabalho era de certa forma perpetuado através das futuras gerações, uma vez que as pessoas eram ameaçadas de morte caso considerassem desistir do trabalho. Este merecia um adjetivo bem pior do que "horrível". As pessoas ganhavam menos de 1 dólar diariamente por um exercício ilegal, que existia mais do que a força física. Ao mostrar as casas dos trabalhadores, a documentarista abre as portas para mostrar a caótica situação da verdadeira pobreza: Necessidades fisiológicas espalhadas pela casa, feijão como a única forma de alimentação, água barrenta para beber, crianças doentes, insetos pairando pela região; além disso, pessoas sem perspectivas de futuro, auto-estima ou qualquer outra noção de valorização. Logo relacionei o que vi ao filme "Quem quer ser um milionário?". A Índia realmente precisa de ajuda!
No caso francês, fomos contados uma história sobre uma garota egípcia que foi vendida pelo seu pai para uma mulher francesa que prometia um futuro excelente através da educação. Ao chegar no Egito, a garota foi aprisionada em uma casa por 17 anos, aonde tinha que limpá-la completamente 3 vezes por dia, não tinha direito a estudar ou fazer amigos e nem a sair de casa. No depoimento, a vítima conta que sofreu agressões físicas e psicológicas massacrantes. Foi devido a uma oportunidade e força de vontade que ela decidiu denunciar a agressora, quem foi absolvida temporariamente das acusações. Porém, ela atualmente responde a um processo jurídico. Em um momento, a vítima foi convidada a passar em frente à sua antiga casa. Ela não consiga sequer olhar para a casa, pois conforme dizia, tinha vontade de chorar e se esconder.
Os participantes tiveram a oportunidade de conversar com tais pessoas e de conheçer a documentarista do filme. Foi uma experiência única e bastante informadora que levarei pro resto da minha vida. A Escravidão Moderna ainda é um problema grave, principalmente no Brasil, onde as mulheres e homens são obrigados a submeter-se a humilhações e situações como as expostas acima. No Pará, por exemplo, a escravidão moderna é estampada e facilmente encontrada; mas, dificilmente combatida pela polícia. No Amazonas, especificamente nas fronteiras entre o país e o Peru, há muito abuso sexual de crianças. Situações que precisam ser mudadas e alertadas à comunidade nacional. Por isso, decidi promover um diálogo sobre isso através do meu projeto. A juventude brasileira precisa aprender sobre o que realmente acontece no Brasil em termos de desvalorização dos direitos humanos.
Encerrar o dia com esse magnífico aprendizado foi essencial. Fui super-inspirado e saí do cinema com a minha cabeça cheia de ideias sendo trabalhadas pelo meu cérebro empreendedor.