Entrevista - Jornal O Estado - Ítalo Ribeiro Alves
sexta-feira, 14 de maio de 2010
05:09
Postado por
Italo Ribeiro ;)
Entrevista: Ítalo Ribeiro (Estudante)
Fiquei fascinado do primeiro minuto até o final. Estar em outro país tem um significado muito grande para um garoto de classe média baixa que nunca havia nem saído do meu estado.
Por Tarcilia Rego
A mobilização e engajamento de jovens em pesquisas e debates sobre os desafios socioambientais contemporâneos a partir das comunidades escolares já é uma realidade. Em junho próximo, Brasília vai sediar a Conferência Internacional Infanto-Juvenil - Vamos Cuidar do Planeta. Mais um “processo interativo fundamentado na participação democrática que convida crianças, jovens, professores e comunidades do mundo a pensarem e debaterem as questões sócioambientais planetárias, e a se responsabilizarem e comprometerem com seu enfrentamento”. Em novembro último, aconteceu em Londres (Inglaterra), a Cúpula Mundial da Juventude 2009, promovido pelo Conselho Britânico, através da rede Fazedores Mundiais de Mudanças.
O objetivo da Cúpula é que jovens estudantes de várias partes do mundo “exponham ideias, pontos de vista, adquiram mais conhecimento e tragam, para seus países, novas experiências sobre assuntos globais, como ativismo social, economia e meio ambiente”. O jovem Ítalo Ribeiro, na época, aluno do curso de Enfermagem Integrada ao Ensino Médio, da escola Adauto Bezerra, em Fortaleza, foi o único estudante brasileiro a representar o país no encontro.
Conversando com Ítalo, tive a certeza que tal objetivo está sendo atendido.
[OeV] Fale um pouco sobre você e sobre o seu ativismo social
[Ítalo] Sou Italo Ribeiro Alves, um jovem ativista social com 17 anos de idade, como também um Global Changemaker (Fazedor de Mudanças Mundiais). Sou estudante de Engenharia Ambiental do IFCE (Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologias do Ceará). Minhas iniciativas sociais focam na capacitação de jovens com relação a Sexualidade, direitos humanos, cultura e meioambiente.
Eu, particularmente, sou apaixonado por movimentos político-sociais e participação em projetos de grande impacto. Atualmente sou o diretor geral de uma plataforma juvenil criada e idealizada por jovens ativistas sociais provenientes de todas as regiões brasileiras.
[OeV] Como você chegou a Cúpula Mundial da Juventude?
[Ítalo] Eu fui selecionado entre mais de 1100 jovens provenientes de mais de 50 países, sendo o único brasileiro. Juntamente comigo, outros 59 jovens dos mais diversos países como Kuwait, Canadá, Palestina, Zimbábue, foram selecionados.
A seleção criteriosa consiste em três passos: preenchimento de um formulário, gravação de um vídeo e entrevista oral (todas as etapas foram realizadas na língua inglesa). A fluência no idioma inglês, o desempenho diante das câmeras e a capacidade de pensamento em soluções rápidas e concretas são relevantes. Após as etapas e já selecionado, o Conselho Britânico comunica e rapidamente providencia tudo que for precisa para a viagem a Londres.
[OeV] Como foi durante o encontro?
[Ítalo] Fiquei fascinado do primeiro minuto até o final. Estar em outro país tem um significado muito grande para um garoto de classe média baixa que nunca havia nem saído de Fortaleza. Quando entrei em contato com os outros participantes, fui instantaneamente bombardeado por entusiasmo, culturas, línguas, sotaques e experiências. Uma manifestação de esperança para o mundo e de pré-estréia dos futuros líderes mundiais.
Discutimos seriamente os principais problemas globais, encontramos soluções, criamos projetos, participamos de palestras com renomados empreendedores sociais, de oficinas de arte para processos de conscientização, visitamos organizações sociais internacionais, aulas sobre empreendedorismo social e, principalmente, criamos e fortalecemos laços de amizades e de cooperação internacional. Além de tudo isso, fui um dos 12 jovens selecionados para conhecer o primeiro ministro do Reino Unido, Gordon Brown.
[OeV] Você acha que os jovens brasileiros são mais ou menos conscientes (com relação a questão ambiental global) do que os jovens europeus, por exemplo?
[Ítalo] Eu acredito que a maior parcela da população brasileira está bem consciente (excluo as os que não tem acesso a educação), porém, não mais do que os europeus. O Brasil é um País reconhecido no exterior por apresentar altos índices de usuários da internet, onde informações sobre uma diversidade de temas estão acessíveis. Adicionalmente, os meios de comunicação e educação mais acessíveis como a televisão e a escola sempre abordam as questões ambientais globais.
O problema é a apatia social. Os jovens estão conscientes dos problemas, reconheçem que estão errando e até argumentam positivamente sobre o assunto, mas não existe o desejo de mudança. Há apenas o conformismo ultrapassado que não deixa as pessoas avançarem socialmente ou politicamente. Uma situação que ainda tem chances de mudar.
[OeV] Você tem algum plano para um futuro próximo, que envolva o trabalho de jovens na melhoria das condições ambientais no Estado do Ceará?
[Ítalo] Os meus planos não estão restritos apenas ao Ceará, mas ao Brasil inteiro. Atualmente, estou criando uma aliança nacional da juventude chamada “React & Change Youth Platform - Working Together for a Just Brazil” (Plataforma Juvenil Reaja e Mude - Trabalhando juntos por um Brasil justo). Trabalho com outros três jovens no Global Changemakers, com oito jovens embaixadores das américas e outros quatro ativistas sociais voluntários. Juntos, formamos um projeto inédito no Brasil, patrocinado pelo Conselho Britânico.
O objetivo é promover oportunidades para a juventude junto a temas diversos como: meio ambiente, direitos humanos, violência contra a mulher, diálogo interregional, saúde pública e etc. Em 2010, continuarei a levar a voz da juventude brasileira para outros eventos internacionais. Fui convidado para participar da “Women Deliver Conference” (EUA), a Cúpula Mundial dos Jovens Líderes (Young Leaders Youth Summit), na África do Sul e o Fórum Global 40 (Global Forum 40), na Itália.
Fonte: http://www.oestadoce.com.br/?acao=noticias&subacao=ler_noticia&cadernoID=18¬iciaID=24857
A mobilização e engajamento de jovens em pesquisas e debates sobre os desafios socioambientais contemporâneos a partir das comunidades escolares já é uma realidade. Em junho próximo, Brasília vai sediar a Conferência Internacional Infanto-Juvenil - Vamos Cuidar do Planeta. Mais um “processo interativo fundamentado na participação democrática que convida crianças, jovens, professores e comunidades do mundo a pensarem e debaterem as questões sócioambientais planetárias, e a se responsabilizarem e comprometerem com seu enfrentamento”. Em novembro último, aconteceu em Londres (Inglaterra), a Cúpula Mundial da Juventude 2009, promovido pelo Conselho Britânico, através da rede Fazedores Mundiais de Mudanças.
O objetivo da Cúpula é que jovens estudantes de várias partes do mundo “exponham ideias, pontos de vista, adquiram mais conhecimento e tragam, para seus países, novas experiências sobre assuntos globais, como ativismo social, economia e meio ambiente”. O jovem Ítalo Ribeiro, na época, aluno do curso de Enfermagem Integrada ao Ensino Médio, da escola Adauto Bezerra, em Fortaleza, foi o único estudante brasileiro a representar o país no encontro.
Conversando com Ítalo, tive a certeza que tal objetivo está sendo atendido.
[OeV] Fale um pouco sobre você e sobre o seu ativismo social
[Ítalo] Sou Italo Ribeiro Alves, um jovem ativista social com 17 anos de idade, como também um Global Changemaker (Fazedor de Mudanças Mundiais). Sou estudante de Engenharia Ambiental do IFCE (Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologias do Ceará). Minhas iniciativas sociais focam na capacitação de jovens com relação a Sexualidade, direitos humanos, cultura e meioambiente.
Eu, particularmente, sou apaixonado por movimentos político-sociais e participação em projetos de grande impacto. Atualmente sou o diretor geral de uma plataforma juvenil criada e idealizada por jovens ativistas sociais provenientes de todas as regiões brasileiras.
[OeV] Como você chegou a Cúpula Mundial da Juventude?
[Ítalo] Eu fui selecionado entre mais de 1100 jovens provenientes de mais de 50 países, sendo o único brasileiro. Juntamente comigo, outros 59 jovens dos mais diversos países como Kuwait, Canadá, Palestina, Zimbábue, foram selecionados.
A seleção criteriosa consiste em três passos: preenchimento de um formulário, gravação de um vídeo e entrevista oral (todas as etapas foram realizadas na língua inglesa). A fluência no idioma inglês, o desempenho diante das câmeras e a capacidade de pensamento em soluções rápidas e concretas são relevantes. Após as etapas e já selecionado, o Conselho Britânico comunica e rapidamente providencia tudo que for precisa para a viagem a Londres.
[OeV] Como foi durante o encontro?
[Ítalo] Fiquei fascinado do primeiro minuto até o final. Estar em outro país tem um significado muito grande para um garoto de classe média baixa que nunca havia nem saído de Fortaleza. Quando entrei em contato com os outros participantes, fui instantaneamente bombardeado por entusiasmo, culturas, línguas, sotaques e experiências. Uma manifestação de esperança para o mundo e de pré-estréia dos futuros líderes mundiais.
Discutimos seriamente os principais problemas globais, encontramos soluções, criamos projetos, participamos de palestras com renomados empreendedores sociais, de oficinas de arte para processos de conscientização, visitamos organizações sociais internacionais, aulas sobre empreendedorismo social e, principalmente, criamos e fortalecemos laços de amizades e de cooperação internacional. Além de tudo isso, fui um dos 12 jovens selecionados para conhecer o primeiro ministro do Reino Unido, Gordon Brown.
[OeV] Você acha que os jovens brasileiros são mais ou menos conscientes (com relação a questão ambiental global) do que os jovens europeus, por exemplo?
[Ítalo] Eu acredito que a maior parcela da população brasileira está bem consciente (excluo as os que não tem acesso a educação), porém, não mais do que os europeus. O Brasil é um País reconhecido no exterior por apresentar altos índices de usuários da internet, onde informações sobre uma diversidade de temas estão acessíveis. Adicionalmente, os meios de comunicação e educação mais acessíveis como a televisão e a escola sempre abordam as questões ambientais globais.
O problema é a apatia social. Os jovens estão conscientes dos problemas, reconheçem que estão errando e até argumentam positivamente sobre o assunto, mas não existe o desejo de mudança. Há apenas o conformismo ultrapassado que não deixa as pessoas avançarem socialmente ou politicamente. Uma situação que ainda tem chances de mudar.
[OeV] Você tem algum plano para um futuro próximo, que envolva o trabalho de jovens na melhoria das condições ambientais no Estado do Ceará?
[Ítalo] Os meus planos não estão restritos apenas ao Ceará, mas ao Brasil inteiro. Atualmente, estou criando uma aliança nacional da juventude chamada “React & Change Youth Platform - Working Together for a Just Brazil” (Plataforma Juvenil Reaja e Mude - Trabalhando juntos por um Brasil justo). Trabalho com outros três jovens no Global Changemakers, com oito jovens embaixadores das américas e outros quatro ativistas sociais voluntários. Juntos, formamos um projeto inédito no Brasil, patrocinado pelo Conselho Britânico.
O objetivo é promover oportunidades para a juventude junto a temas diversos como: meio ambiente, direitos humanos, violência contra a mulher, diálogo interregional, saúde pública e etc. Em 2010, continuarei a levar a voz da juventude brasileira para outros eventos internacionais. Fui convidado para participar da “Women Deliver Conference” (EUA), a Cúpula Mundial dos Jovens Líderes (Young Leaders Youth Summit), na África do Sul e o Fórum Global 40 (Global Forum 40), na Itália.
Fonte: http://www.oestadoce.com.br/?acao=noticias&subacao=ler_noticia&cadernoID=18¬iciaID=24857
Comments (0)
Postar um comentário